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segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

DESAFIO PARA AS OPOSIÇÕES - ITAPETIM 2000



PARA ACENDER A CHAMA DO PROGRESSO

Trabalho competência e honestidade
São o seu lema para progredir
Fazer projetos pro bem da cidade
Buscar recursos pra reconstruir

Quem visa sempre o desenvolvimento
Trilha os caminhos da transformação
Com atitudes de empreendimento
Resgatar a terra  é sua missão

Para acender a chama do progresso
Confirme Carlos pela evolução
Itapetim reclama por mudança
Vote em Carlos Rego pra reconstrução

(Rita de Cássia e Claudinha Passos)

DESAFIO DAS OPOSIÇÕES:

Não se trata apenas de romper com o governo José Lopes e seus métodos. É muito mais.
Trata-se de romper com toda uma forma de fazer política que ficou superada. Não se trata de uma questão de culpas e sim de etapas da história.
Esse governo do nosso município representa apenas a força da inércia que se opõe a essa ruptura. Sim, porque esse governo que aí está, procura tirar o máximo de proveito das últimas vantagens que o passado lhe presenteia - o atraso e a alienação de parte da população - por isso se opõe a modernização da economia e da sociedade itapetinense, pois, sabe que essa modernização representará seu fim.

Mudança em Itapetim representaria, antes de tudo, passar a raciocinar com o todo brasileiro e o todo mundial.
Precisamos mudar e essa mudança depende de uma nova postura daqueles que irão governar Itapetim.
Nos tempos de hoje, um dos principais papéis de um prefeito é o de ser uma espécie de embaixador do seu município.
É preciso que o prefeito saia, se movemente para disputar os recursos estaduais e federais, palmo a palmo, com os demais municípios.
É preciso, também, ter uma certa afinidade ideológica, ou seja, afinidade de concepção com os que comandam o Governo Estadual e Federal para ter sucesso em obter recursos até mesmo junto a organismos internacionais. Pois, sendo o dinheiro muito disputado é deveras importante a própria presença da autoridade máxima do município em órgãos de maior representação.

As mudanças precisam ser feitas, é óbvio, pois só assim Itapetim sairá da contra-mão, só assim Itapetim entrará em sintonia com o processo de transformação que vem ocorrendo na sociedade brasileira dos dias de hoje.
A questão que se coloca é saber qual seria o agente de mudanças. Que setores da sociedade seriam capazes de realizá-las?

TODOS OS SETORES QUE APOSTAM NA MODERNIDADE querem essas mudanças.
Querem, sobretudo, por uma questão de sobrevivência, pois, caso não sejam feitas essas mudanças, Itapetim continuará no isolamento.
  • OS COMERCIANTES LÚCIDOS querem essas mudanças, pois só assim poderão manter e ampiliar seus negócios no município;
  • OS TRABALHADORES também, querem essas mudanças, pois, só assim poderão, tentar nesses tempos difíceis, manter seu empregos;
  • OS DESEMPREGADOS querem mais ainda, pois só há esperança para eles caso a conomia do município saia dessa estagnação em que se encontra e volte a crescer em rítmo razoável.
  • OS AGRICULTORES precisam das mudanças, para voltarem aos seu lares, abandonados por falta de condições de produção na área rural;
  • OS ESTUDANTES também precisam das mudanças, para receberem educação de qualidade e desfrutarem das prerrogativas constitucionais que lhes dão direito ao trabalho, à alimentação e à saúde;
  • OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS que prestam serviços relevantes, e ultimamente têm visto o seu conceito nivelado com aqueles sem compromissos, agregados ao município por aqueles que fizeram da prefeitura um cabide eleitoral com a finalidade de angariar votos, sem pensar nas conseqüências futuras acarretadas pelo peso da folha de pagamento, também precisam dessas mudanças. 
Portanto, TODOS, precisam das mudanças, uns com mais consciência, outros com menos e outros sem nenhuma. Mas, todos precisam, urgentemente.

Trata-se de uma questão de sobrevivência da sociedade itapetinense.

Cabe então, a SOCIEDADE, a CLASSE POLÍTICA, realizá-las, pois para isso existem os políticos. Sim, porque afunção do plítico sério é exatamente essa: realizar os desejos oriundos da sociedade, viabilizando-os no campo administrativo e institucional. E, nesse caso, os políticos que se engajarem com as bandeiras das mudanças, em Itapetim, contarão com o apoio consciente ou não, da grande maioria dos segmentos da sociedade.

Essa mudança só poderá ser feita, se todos os segmentos da sociedade civil organizada, de Itapetim, elaborarem em conjunto o PROGRAMA DE GOVERNO DO CANDIDATO, que, antecipadamente, lhes dirige esse documento de exposição de suas idéias para que, no futuro próximo, esse mesmo PROGRAMA DE GOVERNO sirva de base e compromisso para a elaboração do planejamento e orçamento públicos, garantindo dessa forma e efetiva participação do povo na gerência do município.

Esse documento representa todo o pensamento e o desejo de MUDANÇAS, em Itapetim, do FUTURO CANDIDATO A PREFEITO do município, Carlos Rêgo, 2000.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O CENÁRIO POLÍTICO, SOCIAL E ECONÔMICO - ANO 2000

Itapetim, mudar para reconstruir!
Ano 2000


Itapetim precisa se libertar
Da ditadura de tanta humilhação
Estamos unidos, juntos só no pensamento
Chegou o nosso momento
Carlos Rêgo é a solução

Geraldo fêz e hoje vê tudo acabado
Hoje lamenta com tanta destruição
Itapetim precisa sorrir de novo
Nossa gente nosso povo
Carlos Rêgo é a solução

Eles ajudam somente a minoria
Onde há tantos que precisam muito mais
Vamos em outubro votar com precisão
Número 15 na cabeça
Carlos Rêgo é a solução

Itapetim Princesa do Pajeú
Pede socorro a cada pai a cada irmão
Somos heróis, somos grandes destemidos
Formamos elos unidos
Carlos Rêgo é a Solução

Um dia foste tão bela Itapetim
Hoje és triste teu progresso está pra trás
Estás esquecida totalmente abandonada
Estamos nesta jornada, outro desse nunca mais

Sempre tu foste palco de tanta alegria
Onde teus filhos se orgulhavam muito mais
Tantos fizeram para ver teu crescimento
Hoje estás no esquecimento
Outro desse nunca mais.

(Composição: Gilvan Tenório- Interpretação: Lostiba)
(Uma adaptação da obra de Abelardo Baltar da Rocha - 1997, que traduz todo o pensamento e o desejo de mudanças em Itapetim do futuro candidato a prefeito, Carlos Rêgo - Ano 2000)
Síntese do documento distribuído no 1º encontro público, realizado nas antigas instalações da fábrica de pré- moldados de Heli Piancó (in memoriam)

"O berço cultural e político regrediu. Em seu lugar um retrato pálido de um município que perdeu seu prestígio, força política e espaço na economia.

Nos últimos dez anos o que se tem assistido em Itapetim, é um governo que preferiu canalizar seus esforços para realizar medidas ligadas às demandas mais imediatas da população pobre, medidas de cunho paliativo e assistencialista que não resolvem as questões, agindo na raíz dos problemas, viciando e humilhando pessoas, no sentido de lhes fazer prisioneiras de favores, massa de manobra, periferia e marginalização.

É preciso esclarecer a população carente que esse apelos demagógicos já não fazem mais sentido, que ela não deverá mais iludir-se com pequenas benesses, do contrário será justamente ela a mais prejudicada com o atraso e a estagnação econômica resultante desse tipo de administração.

Nada mais sério poderá ser feito em Itapetim se não houver um governante com uma nova postura em sua forma de governar.
As práticas políticas terão de ser bastante alteradas. Na área social será muito importante combater o paternalismo-clientelista, cujas raízes são muito intensa do ponto de vista histórico.

O paternalismo geralmente, está muito presente nas políticas sociais, sobretudo nas nordestinas e interioranas. Hoje num mundo mais moderno e inovado não terá sentido manter-se políticas sociais antiquadas e com os vícios de sempre.

A idéia central, é associar o máximo a questão social a econômica. Assim, falar em políticas sociais sem apontar os meios econômicos para implementá-las não passa de demagogia. Numa economia estacionária, evidentemente, seria muito difícil repartir renda.

Portanto, a retomada do crescimento econômico representaria um elemento fundamental para permitir a existência de políticas sociais abrangentes e diversificadas, pois só assim essas políticas poderiam ter um suporte mais adequado.
Em última instância só uma reestruturação ampla na economia municipal possibilitaria, realmente, que se criassem as condições objetivas para realizar mudanças marcantes nas práticas políticas e no campo das políticas sociais.

O MARASMO GLOBAL da sociedade itapetinense terá que ser vencido, primeiramente, pela superação da inércia econômica; inércia em grande parte muito cultivada pela postura atrasada dos últimos dez anos de governo deste município.

A nova forma de governo a que se propõe a candidatura de Carlos Rêgo, representa uma ruptura com as concepções até então predominantes, referentes ao planejamento do município, evidentemente dando importância ao ressurgimento das atividades tradicionais, sem esquecer de dar a devida importância a nova economia que surge.

O que se quer atualmente dos políticos modernos, nas áreas socialmente mais esclarecidas é a racionalidade do discurso. É a transparência das ações. É a capacidade de dialogar de forma desabrida, com as lideranças representativas dos vários segmentos sociais. É a coragem de mostrar que as soluções imediatistas podem ser, aparentemente, as mais confortáveis, entretanto muitas vezes não são as melhores.
É preciso se dar conta que o processo de globalização é um fenômeno sem volta. Desse modo, não poderemos ficar cada vez mais isolados em relação a evolução dos pensamentos contemporâneos da sociedade mundial.
Não podemos continuar na contra-mão em relação ao conjunto do Estado e do País. Sim, porque enquanto o Estado e o País, como um todo, procuram se arrumar,  em  Itapetim prevalescem aquelas ações tipicamente de 3º mundo.

Os que comandam a economia do município optaram pelo menor, pelo mais simplório, deixando de investir esforços e as energias disponíveis em soluções mais ousadas de maior amplitude.
Na verdade, o grande problema do município é que as atividades tradicionais entraram em declínio e não foram substituídas de forma vigorosa por outras mais adequadas. O algodão, o agave. a mamona, tiveram seu apogeu, hoje não fazem mais parte da nossa produção.
Se não se pode recuperar totalmente as atividades tradicionais, muitas delas quase impossível de ser totalmente bem sucedidas, e além do mais dependentes de fatores externos de que não se tem controle, mas pode-se pensar em substituir por outras que passem a ser definitivamente hegemônica na economia do município.

Na área social o município de Itapetim vai muito mal. Faltam escolas com qualidade, redes de abastecimento d'água, redes de esgoto, habitação popular e outros equipamentos que fazem parte do universo social. E isto não poderia deixar de acontecer, tendo em vista que nos últimos tempos Itapetim vem sendo mal administrada. O mal gerenciamento do município muito tem colaborado para levá-lo a péssima situação econômica e social em que se encontra.

O que vem tornando caótico o gerenciamento do município, são as concepções atrasadas, baseadas numa espécie de terceiro mundo eleitoreiro.
O mal gerenciamento é muito mais uma consequência do que uma causa. Sim, porque é essa visão do mundo atrasada e interesseira eleitoralmente que vem definindo o comportamento gerencial dos que comandam a administração do município.

A visão terceiro mundista, leva sempre a que se abra mão do maior em benefício do menor, isso implica priorizar sempre as soluções micro em relação às macro-soluções. Implica resolver o individual, mesmo em grande escala, em detrimento do mais amplo representado pelas soluções coletivas. Isso porque, apesar de todos os males que traz para o município, também tem seus encantos, sobretudo, para o administrador. Pois, é um modelo bastante rentável eleitoralmente, desde que se cria a falsa impressão de progresso, nas regiões mais pobres onde é implantado.

Resolve um cem número de problemas individuais e, por isso, cria artificialmente a impressão de que está resolvendo problemas coletivos. Não está, pois, os problemas coletivos só podem ser resolvidos, em especial em regiões muito atrasadas, quando existe expansão real da economia e os frutos dessa expansão são relativamente bem repartidos entre os diversos segmentos.

De fato, a ilusão da política de pequenos favores é difícil de se desmistificar, pois, na verdade muitas famílias têm sido beneficiadas por eles. O que muito dessas famílias não têm ainda é a consciência de que essa política poderia ser considerada como peça secundária, como uma ação complementar, sem que se precise abrir mão de outras ações que realmente contribuem para o desenvolvimento integrado da economia do município considerado no seu conjunto.
Só um desenvolvimento desse tipo poderia proporcionar reais melhorias de longo alcance para a grande maioria da população itapetinense ...."

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PRÓXIMA POSTAGEM: DESAFIO DAS OPOSIÇÕES EM ITAPETIM - ANO 2000

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

MUDAR PARA RECONSTRUIR


Carlos Rêgo - Lançamento da candidatura a Prefeito de Itapetim - PE
Ano 2000


Reconstruir pra melhorar
Itapetim vai mudar
Vem cá me dê a mão
Com Carlos Rêgo vamos lá

Renasce a confiança
Resurge a esperança
De um tempo novo
Pra você e pra mim

Eu vou

Eu vou acompanhar
Na luta me engajar
Pois amo Itapetim!

(De autoria de Fátima Piancó, na voz  de ....)


Quando criei esta página " Carlos Vilar: O Homem Público", eu já imaginava que este seria um capítulo bastante difícil para mim.

Difícil, pelas recordações de um tempo em que me engajei, com toda pureza da minha alma, em um projeto para a terra em que nascemos, fruto de indagações que fazíamos sobre vários aspectos do marasmo em que se encontrava o nosso município naquela época.
Minha experiência como mulher de candidato a prefeito não foi das melhores.
Jamais teria condições de repetir a dose, não por causa da derrota política, mas, sobretudo, porque hoje reconheço a minha  ingenuidade no sentido de querer implantar, juntamente com Carlos, um projeto político totalmente adverso da prática usual instalada, não só em Itapetim mas na grande maioria das cidades interioranas.

É muito difícil mudar paradigmas em um espaço de tempo tão pequeno. Com certeza, o incômodo que sentíamos, naquela ocasião, pela maneira como o nosso município estava sendo administrado, era o mesmo de  uma parcela significativa da população itapetinense, mas por motivos diferentes.

Foi possível avaliar através de pesquisas que grande parte da população clamava, naquele momento, por mudanças.

Sempre pensei em fazer apenas uma postagem dando algumas pinceladas sobre a canditura de Carlos Rego para prefeito 2000 e no entanto hoje inicio uma série delas, motivada por um fato inusitado que me chamou a atenção na semana passada:
O Governador Eduardo Campos, através de um processo licitatório, transferiu o pagamento do funcionalismo do Banco Real para o Banco Bradesco. Então, todos os servidores tiveram que fazer recadastramento.

Estive no Centro de Convenções para este fim, e fui surpreendida pela moça que me atendeu.
Ela me apresentou um documento expedido pelo Banco Central do Brasil para que eu o assinasse. Ao pedir explicação sobre a necessidade de assinar aquele documento, a moça me disse o seguinte:
"O Banco Central exige que todos os correntistas, caso tenham algum parente ocupando cargo público , assinem este documento . Trata-se de uma medida de segurança e promoção de facilidade no rastreamento das contas desses parentes, se por ventura, no futuro, essas pessoas (ocupantes de cargos públicos) fizerem depósitos de dinheiro ilícito na conta dos seus parentes, fruto de prevaricação, usuando-os como "laranja.""
Assinei constrangida, entristecida e envergonhada. Naquele momento me vieram à memória o discurso de despedida da sua vida pública, do Senador Jeferrson Perez (in memoriam) e o motivo do afastamento do Ex- Governador  Roberto Magalhães, o qual tendo sido probo em toda sua carreira política, confessou não mais se sentir orgulhoso de pertencer a esta classe, cujo conceito, nos dias atuais, não é dos melhores.
Não quero afirmar com isto que todo político seja desonesto, pois  ainda temos grandes homens públicos no nosso país, mas todos sabemos que uma parcela significativa deles tem envergonhado a nação brasileira.
Esse episódio no Bradesco me fez pensar que dissecar a vida pública do meu marido, do pai e do avô Carlos Vilar, seria uma maneira de (quando não mais estivermos por aqui) a sua posteridade não sofrer constrangimento em saber que ele foi um homem que almejou ser um político ocupante de cargo público.

A minha única intenção é registrar a história da postulação da candidatura de Carlos Vilar, Carlos Rêgo,  como é mais conhecido em nossa terra natal , ao cargo de prefeito, tendo como seu opositor e concorrente o Sr. José Lopes Sobrinho que estava como prefeito do município naquele ano de 2000.

MUDAR PARA RECONSTRUIR

O Programa de Governo de governo de Carlos Rêgo (2000) "Mudar para Reconstruir", foi batisado pelo nosso conterrâneo Dr. José Carlos Malta, hoje, Desembargador.
Não foi um documento de gaveta. Tratava-se de um documento que consolidava as demandas da sociedade itapetinense, fruto de um trabalho realizado um ano antes do lançamento da sua candidatura.

No ano de 2000, meu filho mais velho, Carlos Leonardo, era concluinte do curso de Engenharia Civil. Minha filha, Karla , estava no último ano de colégio e se preparava para o vestibular de medicina. Carlos Eduardo cursava Administração de Empresas, tendo no decorrer da campanha trancou a faculdade por um semestre.
E foi neste contexto familiar que me dispus a acompanhar Carlos Rêgo nas andanças pelo Município de Itapetim, para plantar a semente do seu sonho: O sonho de tornar sua terra grande e progressista.

Ele ainda era o Administrador do Porto do Recife. Eu estava de licença sem vencimentos, não queria enfrentar encrencas no trabalho por conta de frequência.
Sempre fui da área de planejamento e orçamento público. Carlos tinha a experiência de um executivo, estava mais para "fazer" do que para passar para o papel o plano relativo as mudanças que julgávamos necessárias.

Eu tinha  um apelido no meu trabalho: "A mulher do PPA".

 Eu explico: O famoso PPA é o Plano Plurianual que todo governo é obrigado, por lei, a fazer. Ele tem validade de 4 anos, é feito a cada ano subseqüente do novo governo que se instala, em todas as esferas: federal, estadual e municipal.

O primeiro passo para a elaboração desse instrumento de planejamento é apropriar as promessas de campanha, bem como as demandas da sociedade, distribuindo-as nas respectivas funções de governo, quais sejam: Saúde, Educação, Transportes, Segurança, etc

Mediante estudo profundo sobre as causas dos problemas encontrados, deve-se criar programas, definir seus objetivos, formular  indicadores que nos auxiliem na aferição dos resultados obtidos.
De posse desse conhecimento técnico, vivenciado ao longo de toda minha carreira a serviço do Governo do meu estado, eu me propus a acompanhar Carlos Rêgo, visando a ajudá-lo tecnicamente na formulação do seu plano de governo, o qual posteriormente seria oficializado como o plano Plurianual do Município, caso eleito fosse.

Carlos não poderia fazer política de forma explícita, estava ocupando um cargo público, era o Administrador do Porto do Recife. Eu estava livre para fazer o trabalho de base, pois naquele momento estaria com o vínculo suspenso com a minha Secretaria ds Transportes, que na gestão do então Governador Jarbas Vasconcelos, foi transformada em Secretaria de Infraestrutura (hoje, voltou a ser Secretaria de Transportes)

Naquele ano de 2000, minha irmã Elizabeth Piancó (Lila), assistente social, estava como coordenadora do Centro Social Urbano Otaviano Correia - CSU e desenvolvia , naquele momento,  um trabalho com as Associações Rurais e com o Conselho de Desenvolvimento do Município. Grande foi a sua colaboração no sentido de nos abrir as portas dpo CSU,  para que pudéssemos fazer explanações sobre a importância do engajamento da sociedade civil organizada nos planos de governo.

Apresentei um seminário para os representantes desses grupos organizados, cujo Título era: "Cidadania Maior, ou se tem cidadania ou não se tem".

Naquela ocasião,  o objetivo era  passar para os presentes o que viria a ser um  verdadeiro cidadão:

"Ser cidadão é ter direito à vida, à liberdade, à propriedade, à igualdade perante a lei: é, em resumo, ter direitos civis. É também participar no destino da sociedade, votar, ser votado, ter direitos políticos. Os direitos civis e políticos não asseguram a democracia sem os direitos sociais, aqueles que garantem a participação do indivíduo na riqueza coletiva: o direito à educação, ao trabalho, ao salário justo, à saúde, a uma velhice tranqüila. Exercer a cidadania plena é ter direitos civis, políticos e sociais, fruto de um longo processo histórico que levou a sociedade ocidental a conquistar parte desses direitos."

Foi distribuida uma grande quantidade de cartilhas com esse conteúdo, exaustivamente detalhado, na esperança de que cada pessoa, após a leitura, fosse capaz de se identificar dentro daquele contexto.
Feito isto, qualquer um deles estaria apto a identificar o grau do seu desejo de mudança relativa a forma como vinha sendo administrado o nosso município, bem como identicá-lo como ator naquela situação instalada.

O Governador Jarbas Vasconcelos estava se preparando para elaborar o PPA 2000-2004, cujo modelo havia sido importado da União, do famoso "Avança Brasil" criado por Fernando Henrique Cardoso (Presidente da República) o qual lhe garantia trabalhar em conjunto, sem prejuízos no momento da alocação dos recursos federais destinados a Pernambuco, nas suas mais diversas modalidades: Aplicação direta, convênios e emendas parlamentares.

O governador havia instituído o "Programa Governo nos Municípios", à semelhança do que havia criado anteriormente, na Prefeitura do Recife, quando foi prefeito.

Era um programa intinerante que tinha a função de coletar as demandas da sociedade de cada Região de Desenvolvimento, através da escuta de seus representantes políticos, institucionais e sociais.

Atualmente, na gestão do Governador Eduardo Campos, este programa ganhou o nome de "Pernambuco de Todos", mas tem a mesma finalidade: A escuta das comunidades organizadas.

Passamos a freqüentar as reuniões mensais de cada Associação Rural do município, na tentativa de coletar informações sobre as carências e dificuldades daquelas comunidades associadas.
Várias ações, de pronto,  já puderam ser efetivadas, mesmo Carlos Rego não sendo candidato e muito menos prefeito. Porém,  facilitamos o deslocamento de vários presidentes dessas associações a órgãos públicos da capital do estado, com vistas a solução dos problemas dessas comunidades, principalmente no que se refere a eletrificação rural.
 Muitos desses problemas foram resolvidos, sempre na ótica do coletivo, pois, nosso pensamento era abolir a prática do coronelismo e passar a trabalhar com problemas que afetavam a comunidade e, não ao indivíduo isoladamente.

Informados sobre a presença do "Governo nos Municípios" na Cidade de São José do Egito, para uma reunião destinada à Região do Pajeú, imediatamente convocamos as Associações Rurais e o Conselho de Desenvolvimento do Município para participarem ativamente daquele evento, visando suprir ausência do governo municipal, o qual, naquele momento, era politicamente contrário ao governo estadual, causando prejuízo relativo à consonância que deve existir entre planos de governo, dentro de suas respectivas esferas.

Temendo que Itapetim ficasse de fora dos programas traçados para o PPA do estado, levamos a São José do Egito representantes da sociedade civil organizada, os quais puderam apresentar seus problemas mais cruciais.
Não quero entrar no mérito se foram resolvidos ou não, essa é uma questão que o próprio povo reconheceu e respondeu nas urnas, trocando de governador, afinal, vivemos em  um regime democrático que nos favorece com essa prerrogativa: O povo que elege é o povo que tira.

A partir dessas demandas que seriam apropriadas ao PPA do estado, por sua vez o governo estadual já tinha um olhar para o Plano Plurianual da União, no sentido de fazer correlação do seu plano com o daquela esfera, Itapetim seria contemplada com o compromisso desses governos, através dos orçamentos dessas duas esferas governamentais.

A partir dessa consciência de que os planos de governo devem guardar essa coerência, até porque não somos suficientes em recursos próprios para bancar os nossos orçamentos, precisariamos garantir as nossas rubricas para cobertura de eventuais contrapartidas necessárias ao desenvolvimento das ações conveniadas entre o governo do estado e o governo municipal.

"Quem é coxo parte cedo" diz o adágio. Nós precisávamos, urgentemente, de associar nosso orçamento público municipal às ações dessas esferas em questão.
No início do nosso trabalho, justamente por esse meu lado técnico,  muitas pessoas não compreendiam o fato de eu me trancar no meu quarto, atrás de um computador, traçando todos esse planos, enquanto meu marido desaparecia pela Zona Rural sem hora para chegar.

A saudade dos filhos, a solidão de ser "viúva de um marido vivo", o imenso trabalho sob a minha responsabilidade, aliados a muitas situações de incompreensão por parte daqueles que vêm campanha política como uma excelente oportunidade para pedir dinheiro ao candidato, muitas vezes me fizeram quase desistir. Apesar de ter sido filha de político, de ter vivenciado todo aquele tumulto dentro da minha casa, agora eu vivenciava uma situação diferente: nas campanhas políticas do meu saudoso pai, eu não assumia nenhum tipo de responsbilidade, até porque era muito jovem.
Minha mãe era quem se responsabilizava pelo funcionamento da casa,  meu pai pelo correr atrás de votos e pela gastança de dinheiro.

Minha participação era subir nos palanques, fazer discursos, cantar as músicas compostas pelos poetas, (inclusive por Fátima, minha irmã) e abanar as bandeiuras de comício em comício.

 De forma que, aqueles memoráveis tempos eram só de festas para mim, dava até saudade e depressão quando o movimento chegava ao final.

Festa foi o que não faltou na campanha de Carlos Rêgo, mas o trabalho era por demais exaustivo, pois que a minha maior missão era tentar explicar ao povo que "Mudar para Reconstruir", era um programa muito mais voltado para uma revolução cultural, uma mudança de paradígma, que não estávamos ali na pretensão de continuar com a mesmice, haja vista o nome do programa cujo título falava por si só.

Eu, às vezes, me comparava aos Jesuítas, porque era uma verdadeira catequese, tratava-se de um processo de iniciação a uma visão política diferente.

Nós não queríamos fazer política partidária, nós queríamos desenvolver uma consciência política, enquanto cidadãos, para que o povo pudesse exercer a cidadania plena, com todas as suas prerrogativas.

Tanto é que conquistamos o apoio de Sindicatos, do Partido dos Trabalhadores, das Associações Comunitárias  e outros segmentos que nunca foram da nossa linhagem política, mas compreenderam que o "Mudar para Reconstruir", era registrado em um partido por força de lei, porém se destinava ao povo itapetinense.

Quando Carlos Rêgo se desvinculou do cargo público que ocupava, os Sindicatos dos Trabalhadores Portuários, dos Estivadores, dos conferentes, Arrumadores, etc, prestaram-lhe uma significativa homenagem, entregaram-lhe em uma placa com a seguinte inscrição: .... "O mais importante é que não lhe subiu o cargo à cabeça, sempre teve em mente que era um portuário"


Jornal do Comércio - 13 de maio de 2000
(clique na imagem para ampliar)



O trabalho de base, feito nos bastidores, já estava consolidado. Era chegada a hora de marcar a primeira reunião pública.
Naquela ocasião não tínhamos nenhum apoio político, salvo, o apoio do Vereador Tadeu Bezerra e sua esposa, Luzinete, a quem ainda hoje devotamos uma grande amizade e uma profunda gratidão.


Ao final dessa reunião, além do casal Tadeu Bezerra, as Associações Rurais Comunitárias, representadas através de seus presidentes, também manifestaram o apoio a candidatura de Carlos Rêgo para Prefeito 2000. 


Recebemos o apoio de mais 01 político do município, o Sr. José Francisco dos Santos, ex- prefeito de duas gestões. Ao centro, abraçada a Carlos Rêgo, Dona Edite (in memoriam) Presidente da Associação Comunitária do Campo do Ambó , uma guerreira em defesa do seu povo, como ela gostava de se intitular.

À minha esquerda, seguindo a ordem: Prazeres (Presidente do Conselho Municipal de Itapetim), Elizabeth Piancó, Assistente Social (Coordenadora do CSU), Caboclo (Presidente do Sindicado dos Trabalhadores Rurais) Lindinalva (Representante do Grupo Jovem do Distrito de Piedade) José Nilo (Presidente da Assoociação Rural da Gameleira) Reginaldo (Presidente da Associação Rural do Gunça) Zé de Liinha (Presidente da Associação dos Prazeres).

À direita de Dona Edite, seguindo a ordem: Seu Moisés (Presidente da Associação Rural do Distrito de Piedade), Josué (membro do Sindicato dos Trabalhadores Rurais), Sr. José Paulino (de São Vicente), Nego de Chicó (Presidente da Associação Comunitária de São Vicente), ...........

Membros do Grupo jovem da Associação comunitária do Distrito de Piedade, comandados por Seu Moisés, um dos mais empolgados em prol da candidatura de Carlos Rego.


Durante toda a campanha, os representantes das associações comunitárias frequentavam muito a casa de Elizabeth, pelo fato dela, como coordenadora do CSU, estar sempre em contato com eles.
Maria Rita, a sua única filha, ainda era muito pequenina e, quando os via chegar, gritava pela mãe:

 - Mamãe, seus amiguinhos chegaram! Por conta disto, carinhosamente os chamávamos de: Os amiguinhos de mamãe.

Linda a inocência da criança!

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Na próxima postagem registrarei a síntese do conteúdo desse primeiro documento o qual foi distribuído por ocasião do "1º ENCONTRO MUDAR PARA RECONSTRUIR" realizado no antigo prédio de pré-moldados que pertenceu ao meu Tio Heli Piancó (in memoriam).

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

EU TINHA UM SONHO

Carlos Vilar nasceu no Município de Itapetim. Logo cedo veio para a capital do estado para concluir seus estudos. Aos 17 anos já era sócio gerente do Supermercado SERVEBEM, de propriedade do seu irmão Antônio do Rêgo Vilar (in memoriam) e com ele trabalhou durante sete anos, até concluir seus estudos.


Diplomou-se em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE em 1972, recebeu o anel das mãos da sua inesquecível mãe, Dona Anita Vilar(in memoriam).


O baile dos formandos realizou-se no Clube Internacional do Recife com a orquestra Fernando Borges.
Dançou a 1ª valsa com sua irmã, Maria do Socorro.

E a segunda, comigo que à época já era sua noiva.


Em 1973, assumiu seu primeiro emprego público como economista, através da Secretaria de Planejamento, com lotação na Autarquia Superintendência dos Serviços Estatísticos de Pernambuco – SERPE (hoje, extinta), onde ocupou o cargo de Diretor de Elaboração e Projetos.
Nesta mesa de reunião, ao centro o superintendente da SERPE, Dr. João Alberto Freire (in memoriam), ao lado direito está Carlos Vilar, ladeado à esquerda pelos colega Dr.Eugênio de Sá Barreto e à direita pela Dr. xxxxxxxxx. A secretária do superintendente, Toy, de pé faz suas anotações.
Do lado esquerdo da mesa estão, a partir da secretária: Dr. Diógenes, Dr. Olavo, Dr. xxxxxxx e finalmente o coronel xxxxxxxxxx.

Participou da formulação do Livro “Dados Socioeconômicos Básicos de Pernambuco”, juntamente com os colegas economistas: Marco Aurélio Alcântara, Walter Costa Souto Maior, numa parceria da SERPE com a FUNDINOR - Fundação para o Desenvolvimento Industrial do Nordeste.
Em companhia do colega Dr. Valter Souto Maior, Vilar ........


Sempre gozou da amizade dos seus colegas, criou fortes laços que impactaram positivivamente sua vida profissional. Aceitava a todos sem distinção, dividia sua amizade entre os colegas, independetemente do cargo que eles ocupavam. Sempre equacionou seu tempo, dedicando-o ao trabalho, à famíla e às amizades que construiu, sempre angariando novos amigos por onde passou.


Em 1997, em comemoração aos 25 anos da sua formatura, reuniu-se com  ex-colegas de faculdade, o encontro foi realizado no Clube Internacional do Recife. Apesar dos desencontros que a vida nos prorciona, rompimentos muitas vezes involuntários, nunca é tarde para retomar os laços perdidos. Muitos tomaram rumos diferente, mas guardaram na memória momentos felizes que desfrutaram juntos. Foi bastante um olhar para que surgisse um abraço para matar as saudades.




Paticipei deste encontro ao lado de Carlos, já tínhamos, à época, 24 anos de casados, ao longo desse tempo fiz amizade com vários deles, pois muitos passaram a fazer parte dos amigos da familia que havíamos construído.


Carlos Vilar passou pouco tempo na SERPE, foi trabalhar no Porto do Recife em 1975. 
Como economista passou a fazer parte do quadro de portuários, a convite do amigo Dr. Antônio Augusto Pinto Moreira, o qual era Diretor Administrativo-Financeiro. O Coronel Valter Moreira Lima ocupava o cargo de Administrador Geral.
Ocupou todos os cargos de diretoria, até a gestão do Dr. Milton Pires, posteriormente, no dia18 de setembro de 1991, assumiu o cargo de Administrador Geral do Porto do Recife no qual permaneceu até o ano de 2000, quando pediu licença para se candidatar a prefeito da sua terra natal, Itapetim.
Teve uma expressiva votação, perdendo para o candidato da oposição, José Lopes Sobrinho, por 200 votos.
Na verdade, mesmo derrotado, ainda hoje ele diz que não se arrepende, porque teve oportunidade de dar um recado ao povo: Eu tinha um sonho e acreditava que todos desejassem que ele virasse uma realidade!
Onze anos depois, ainda continua sonhando - NÃO EM SER PREFEITO - no sentido de que Itapetim jamais esqueça da essência do seu slogan de campanha: MUDAR PARA RECONSTRUIR!
Que nas letras dessas músicas, cujos compositores foram dois dos maiores poetas do Pajeú, possam sentir a sua verdade que tempo algum poderá apagar.


Deixo, para os nossos filhos e netos, registros da trajetória profissional do pai e avô, "Carlos Vilar - O Homem Público.